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E como já havia comentado por aqui, nessa semana iniciei a graduação em Psicologia. Ainda estou empenhada em escrever um relato fidedigno à todas as sensações que me invadiram durantes os dias que antecederam o início das aulas e durante os dois dias em que frequentei as aulas (que começaram na quinta feira que passou), mas preferi deixar esse relato para o meu novo blog que lanço nessa segunda feira. Sim, na segunda feira.

O blog foi criado em julho do ano passado, mas desde então eu vinha adiando o seu lançamento. Ora não criava coragem suficiente para adentrar nesse mundo desconhecido, ora não me considerava suficientemente pronta, ora julgava melhor esperar o início do curso, ora ficava com medo de não dar conta de mais uma responsabilidade…mas repensando toda a minha trajetória até aqui, decidi hoje que não há porque esperar mais.

O layout dele ainda esta bem amador, mas já estou providenciando uma melhora, ainda não tenho muitos textos no rascunho, o que me deixa insegura quanto à assiduidade de conteúdo para saciar e captar os leitores, mas como uma mulher atarefada, preciso lidar com essa condição e dar o meu máximo rumo à realização de mais um sonho.

Como também já mencionei aqui, tenho duas participações mais do que especiais confirmadas para o blog e assim que o projeto começar a caminhar, o psicólogo Frederico Mattos e a coaching Ana Cristina Garlet nos surpreenderão e nos presentearão com os seus textos, que eu tenho certeza que serão extremamente engrandecedores e úteis para nossas vidas.

Era isso. Ando um pouco sumida já que mergulhei na nova rotina atribulada que envolve academia cedo, faculdade, almoço em família, levar filho pra escola, novo trabalho, estudos, escritas…

Ando super feliz com o retorno da minha colaboração no blog “Sobre a Vida”. Semana passada foi publicada minha quarta participação com o texto que escrevi durante minhas férias de janeiro, “O poder do silêncio”. E além dos comentários na página do blog no Facebook e dos diversos emails que recebi essa semana de leitores ávidos e curiosos me pedindo ajuda, fiquei muito feliz de ter servido como inspiração para que uma outra colaboradora do blog, a terapeuta corporal Solange Kawlowski, ficasse motivada a compartilhar sua experiência imersa no silêncio através do texto “A busca exterior e a interior”.  Vale a leitura.

Outra novidade também anda me fazendo flutuar. No ano passado fui convidada pela filósofa Dulce Magalhães, que recentemente foi convidada pela editora Nova Era a publicar o seu livro “O foco define a sorte” (de que tanto já falei aqui) em todos os países de língua inglesa, a participar de um curso de imersão para escritores. Na época tudo ainda se baseava apenas em conversas, mas agora o curso se concretizou e já tem até data marcada.

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O evento vai acontecer no Hotel dos meus pais e eu nem preciso dizer o quanto estou maravilhada e motivada com essa oportunidade. Uma das metas construídas juntamente com a minha coaching no ano passado é a de publicar um livro esse ano. A princípio será um livro com uma coletânea dos meus textos sobre maternidade, que tem como objetivo simplesmente e finalmente materializar esse meu sonho antigo de me firmar como escritora. Ele já tem título, já tem capa, introdução, alguns textos escritos e ideias de participações de outras mães. Não sei se vou conseguir cumprir o prazo da meta, por conta da minha nova rotina, mas acredito muito que esse curso irá alavancar essa hipótese. Lendo sobre como será o curso, vi que James pede para quem já tem um rascunho de livro em andamento, levá-lo para que o autor converse com o participante sobre esse projeto pessoal. Demais, não?

Enfim, vim apenas compartilhar essas novidades e semana que vem eu volto falando sobre o meu novo blog. Prometo não esquecer desse blog que vos escreve, mas vou procurar direcioná-lo para assuntos além dessas questões mais reflexivas, que são objeto desse meu novo projeto.

Ah, e a nossa estadia na fazenda foi maravilhosa. Comemos, descansamos, rimos com o João, conversamos, jogamos, bebemos…enfim, foi rejuvenescedor.

Até mais, beijo beijo

Re-fazenda-me: um bem à alma!

Tive um problema no computador e só consegui resolver agora. Mas ainda é tempo de compartilhar o que eu escrevi com vocês…

Não é que eu seja definitivamente avessa ao carnaval, é que eu não muito fã da intenção em si. Bagunça, música alta, movimentos soltos, suor em excesso, cheiro de bebidas misturadas, descompromisso, descontrole, nunca fizeram muito parte da minha essência. Que dirá permanecer quatro dias envolvida em tudo isso ao mesmo tempo. Então que como já aconteceu no ano passado e em anos anteriores, uma amigona me salvou de ter que suportar o agito que se arma entorno da minha casa de praia e nos convidou para passar o feriado na sua fazenda. Bem longe de tudo, à uma hora do asfalto, há quilômetros de distância de qualquer sinal de internet, onde o verde corre a se perder de vista e onde literalmente se acorda com o canto do galo e o mugido das vacas. Mesmo também não sendo lá muito adepta do mato e dos insetos que o habitam, esse convite sempre me soa como um break do mundo exigente em que vivemos.

Já fui pra lá depois de uma desilusão amorosa, já fui solteira da silva, já fui junto com o marido na semana em que descobrimos minha gravidez, no ano passado fomos sem o João e dessa vez vamos levando ele a tiracolo. Mal podemos esperar pra vibrar junto com nosso filhote a cada vaca, cavalo, ovelha e outros tantos animais que veremos durante os quatro dias. Acho que todos que estão indo também estão na expectativa de presenciar a felicidade nos olhos do João Pedro, já que há mais de ano ele pede pra ir pra “fazenda da tia Fê”.

Suspiro ao lembrar da leveza que sinto quando estou lá. Aquele silêncio confortante, que no meio da tarde, quando a maioria tira aquele cochilo depois do almoço farto servido numa mesa corrida que cabe quase o mundo todo, só é quebrado com o grito de algum pássaro, os sons advindos dos animais que moram ao redor da casa e o ruído dos nossos próprios pensamentos.

Re-fazenda-me. Pensei nesse termo no ano passado quando voltamos de lá, depois de passar o feriado de carnaval sem filho, mas com amigos, muita comida e muita bebida. Na minha terapia em grupo trabalhamos um conto que trata justamente dessa necessidade de vez em quando nos permitirmos esses momentos de recarga total (post aqui). Como é bom termos a chance de nos conectarmos com as coisas simples da vida e darmos à elas o seu valor real e verdadeiro. Acordar, tomar café, jogar conversa fora, caminhar, preparar um almoço em conjunto, comer, beber, dormir, conversar e comer e beber e dormir. Atividades que são sufocadas no acelerado cotidiano que repetimos todos os dias, mas que nesses eventos tem a chance de demonstrar a sua importância.

Enfim, a escola “Unidos da Coxilha Rica” desfilará na avenida da vida a partir de sábado (alguns já foram) e só volta a dar as caras semana que vem.

Estava escrevendo um texto sobre a adaptação do João na Escola e sobre adaptações num modo geral, mas por conta do retorno à rotina, o início do meu personal às 6 da matina e o recomeço do trabalho à tarde, não consegui inspiração suficiente pra termina-lo essa semana. Quem sabe hoje à noite, eu consiga dedilhar alguma coisa além dos meus músculos doloridos. Quem sabe…

Desejo um excelente feriado pra todas vocês. Quarta que vem volto pras Lobas, quinta começa minhas aulas e logo logo meu novo blog entra no ar.

2013 já esta no seu segundo mês e as novidades não param de chegar. Cada dia aprendo mais e acumulo mais e mais ideias pra um dia compartilhar com vocês. A pedido de uma querida leitora, não me desculpo mais pela falta de tempo, já que uma das minhas principais características e que pelo visto agrada muito vocês, é a de justamente ser uma mulher normal, cheia de compromissos e devaneios. Mas eu mesma quero muito me dedicar mais ao blog e sei que assim que minha nova rotina entrar nos eixos, conseguirei alcançar essa meta!!!!

Até semana que vem!

beijos

Deixo pra vocês mais algumas fotos que tirei durante minhas quatro estadias lá…

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Como um barco…

” Como um barco a deriva eu vinha seguindo conforme os ventos me carregavam. Navegava de um lado para o outro de acordo com a maré, a ondulação e todas as outras variáveis que teimam em querer conduzir aquilo que não é seu.

Só que o que pode ser visto como uma intervenção incômoda, na verdade se caracteriza como um certo comodismo nosso, já que a princípio é mais fácil soltar os remos, descer as velas e se deixar levar pelas escolhas dos outros. É tão mais despreocupante baixar a guarda, acomodar-se no assento de vítima e se deixar afogar pela possível má condução de terceiros.

Mas o mar, assim como a vida, não costumam poupar os intransigentes e por vezes mandam-lhes tormentas, inconstâncias e fortes ondulações a fim de alertá-los de que algo não vai bem. E são nesses momentos turbulentos que os tripulantes tem a oportunidade de rever os seus planos e analisar a necessidade de algumas alterações.

Quando vivemos na penumbra do que acontece dentro da gente, quando desconhecemos o peso das bagagens que carregamos durante toda a nossa vida, de alguma forma nosso corpo e todos os acontecimentos que nos acometem costumam transparecer essa ausência de percepção. Mas quando enxergamos ou sentimos essas demonstrações é chegada a hora de mergulharmos nas profundezas do nosso inconsciente e vasculhar entre os destroços para distinguir o que se destruiu do que ainda pode ser recuperado. E caso nos abstenhamos por receio de ver aquilo que por anos mantivemos escondido, o mar se encarregará de continuar nos derrubando até que naufraguemos por completo ou finalmente vençamos as grandes ondas que possam surgir a cada novo dia”.

BOA SEMANA!!!!

Respondi alguns comentários aqui do blog. Alguns mandei a resposta também por email! Confiram!!

beijo beijo

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Quem?

“Quem sou eu?

Ou quem é você que me domina quando eu desisto e perco o controle?

Quem somos nós, que convivemos debaixo do mesmo corpo, dividindo das mesmas angústias e lutando diariamente num incessante jogo baseado na mais irritante erística que não nos fará chegar a lugar nenhum?

O que o mundo nos reserva depois dessa batalha constante entre ser quem eu sou realmente e quem eu teimo em pensar que sou?

Haverá um vencedor nessa disputa de egos, de almas, de espíritos e mais outras tantas áreas desse círculo vicioso que denominam de vida?

Quem irá decidir pelo que deve partir e o que deve permanecer?

Eu?

Você?

Nós?

Acredito que o “nós” soa mais democrático, mais verdadeiro, mais duradouro.

Mas o que será de nós quando nos unirmos numa só persona e reconhecermos que não somos dois, mas apenas um só?

Um só coração, uma só mente. Uma só escolha, uma só consequência. Um só sonho, uma só conquista.

Persistirá essa luz que clareia o caminho até então desconhecido ou diante do primeiro obstáculo ela se apagará como se nunca houvesse existido?

Não sei. Você sabe? Se eu não sei, você também não sabe. Mas agora juntas, unidas na dor e na alegria de sermos quem nós somos, sobreviveremos. E mais do que isso, viveremos. Na plenitude e constância dignas de quem se descobre como pessoa inteira e capaz de seguir em frente convivendo com as mais variadas incertezas que residem dentro de si”.

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Sua imagem refletida no espelho, nada mais é do que você mesma tendo a chance de se conhecer enxergada de fora.

Ter sucesso não tem segredo…

…é preciso fazer o que se gosta ou aprender a gostar do que se faz. Sempre embasado em muita determinação e vontade de aprender cada vez mais.

E eu me agarro nesse texto abaixo, tão conhecido mas sempre tão inspirador, para começar a me programar mentalmente para o novo desafio da minha vida: começar uma nova faculdade.

Apesar de todos os facilitadores que me acompanharão nessa caminhada, como uma pessoa que cuida do meu filho, ausência de problemas financeiros, flexibilidade no horário de trabalho, um marido companheiro, maior maturidade, sei que encontrarei diversos obstáculos nos próximos cinco anos.

No meu processo de coaching no ano passado, tive como uma das tarefas de casa, refletir bastante sobre esse meu sonho que transformei em meta. Precisei pensar e analisar todos os lados dessa minha decisão e concluí que o que irá pesar mais será o tempo que eu vou precisar dedicar aos meus estudos e consequentemente me ausentar da convivência com o João.

Quando eu cursava Direito, sempre sonhava com o dia em que eu iria apenas trabalhar, porque achava que o tempo fora do trabalho era totalmente dedicado à outras atividades, já que a faculdade exige várias horas além das que você passa dentro da sala de aula. Claro que com o passar dos anos eu percebi que dependendo do trabalho o negócio não funciona exatamente dessa forma. Mas consciente desse fato de que entrar na faculdade automaticamente fará com que eu precise abdicar de algum tempo livre e de passar mais tempo com o João e com o Marco, sigo confiante e determinada. Como já escrevi uma vez, essa culpa que nós mães carregamos com relação à algumas escolhas que precisamos fazer ao longo da nossa vida, como mães e outros tantos papéis que exercemos, serve somente para nos envelhecer. Nada mais.

Confesso que essa condição da restrição de tempo nunca foi um fator preocupante para mim durante o meu processo de reflexão quanto à essa escolha. Sei que vou precisar organizar bem minha semana para dar conta de tudo, porque como eu disse, a faculdade não vai consumir apenas todas as manhãs (das 07:50 às 12:10) da minha semana e sim todo o tempo que eu puder dispor para estudar etc. Mas confio no meu poder de organização e no companheirismo e compreensão do meu marido e da minha família (aqui eu incluo a Santa Bia) para ter sucesso em tudo que eu fizer.

Aprendi e incorporei no ano passado a verdade de que quando queremos algo, fazemos QUALQUER coisa para conseguir. E minha querida coaching Ana Cristina Garlet teve um papel fundamental nessa compreensão. Muitas vezes ela até frisava que não estava ali para me convencer de que iniciar uma faculdade agora iria me trazer diversas mudanças, algumas não tão boas num primeiro momento, mas que o trabalho dela era me fazer pensar e refletir sobre todos os lados das minhas vontades. Porque quando escolhemos fazer ou deixar de fazer qualquer coisa, a vida por si só vem e te questiona sobre suas decisões. E o trabalho da Ana era me deixar pronta e extremamente consciente do que eu estava objetivando com essa minha meta. Quantas vezes sentimos vontade de fazer alguma coisa e por impulso ou ansiedade de se mover, agimos sem pensar? Não que seja preciso filosofar sobre cada passo que se dá, mas grandes passadas necessitam de um olhar mais apurado e de clareza sobre todos os seus aspectos, para que elas tenham mais chances de te levar ao lugar aonde você deseja chegar.

Sempre, sempre indico esse livro para quem possa estar confuso quanto à escolhas, metas e afins. Além de ser super motivador é de fácil leitura!!!

Sempre, sempre indico esse livro para quem possa estar confuso quanto à escolhas, metas e afins. Além de ser super motivador é de fácil leitura!!!

Assim, eu me mantenho firme e extremamente feliz (demais da conta) para viver tudo o que a vida tem para me oferecer e para colher todos os frutos das atitudes que eu estou tomando no dia de hoje.

Como eu sempre repito para mim mesma: “cada escolha, uma renúncia”. Porém, quando essas escolhas são resultado das mais profundas reflexões e dos mais verdadeiros desejos, essas renúncias não soam como algo de caráter exclusivamente negativo, mas como uma consequência do poder decisório que você exerceu.

Então, vamos que vamos.

beijo beijo

p.s. respondi todos os comentários deixamos ultimamente, mas descobri que nem sempre vocês recebem alguma mensagem avisando sobre a minha resposta. Então pra quem comentou, deixo o meu agradecimento e peço que vocês procurem ler o que eu lhes respondi!

Além

“Além de um motivo, existe a razão.

Além da aparência, existe o profundo.

Além do que se vê, existe o que se sente.

Além do que se demonstra, existe o que se vive.

Além do que se tem, existe o que se é.

Além do que eu escrevo, existe o que eu penso.

Além do que eu compartilho aqui, existe todo o resto”.

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2013, here we go!

É engraçado como criamos expectativas às vezes exacerbadas em relação à virada do ano. Parece que vamos dormir no dia 31 de uma maneira e acordar no dia seguinte completamente diferentes. Mas não. Acordamos exatamente do mesmo jeito como fomos dormir, pra não dizer pior. Ressaca, cansaço e um sono infinito tomam conta do nosso corpo e chegamos até a questionar se conseguiremos mudar alguma coisa ao longo do ano que se inicia. Mas muita calma nessa hora. Visualizar mudanças e enumerar desejos não significa que num estalar de dedos toda a sua vida mudará por completo. Mudanças exigem paciência e um tanto de determinação.

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Aprendi no meu processo de coaching que precisamos tomar cuidado com as mensagens que passamos ao nosso cérebro. Quando enumerarmos aspectos que queremos mudar, por exemplo, jamais devemos começar com um não e sim com algum verbo positivo. Em 2013 eu pretendo não comer carne vermelha e nem branca, mas quando eu escrevi isso na minha lista, coloquei da seguinte forma “evitar comer carne vermelha e branca”. Porque quando impomos uma restrição ou uma proibição à nós mesmos, tendemos a nos boicotar agindo exatamente da forma contrária.

Também não enumere ações que você julga extremamente difíceis de serem realizadas. Comece aos poucos, devagar, para que quando acontecer um vacilo, você não mande uma mensagem negativa ao seu cérebro de que fracassou. Possuímos uma gigantesca tendência de nos enxergarmos como seres incapazes. Quem nunca repetiu para si mesmo “eu sabia que não ia conseguir“? Pode parecer brincadeira, mas muitas vezes estipulamos metas praticamente inatingíveis apenas para confirmarmos para nós mesmos o quanto somos incapazes de realizá-las.

Vou dar uma dica que funciona muito comigo. Pegue um papel e comece a elencar tudo o que pretende mudar ou o que deseja realizar na sua vida. Vale tudo aqui. Contas a pagar, viagens que deseja fazer, cursos, mudanças, organizações, pendências da casa etc. Tirar da sua cabeça, do seu imaginário e visualizar no papel é quase como aliviar a pressão no cérebro e dar vazão às diversas questões que podem estar te incomodando. Ainda quero escrever mais sobre isso, mas outra dica super válida é fazer uma tabela com todos os meses do ano e nela distribuir tudo o que você escreveu naquela lista. Como é humanamente impossível realizarmos tudo de uma vez só e como armazenar tudo aquilo na nossa cabeça é praticamente um sadismo, distribuir o que você escreveu ao longo dos próximos meses ou anos reduz a nossa ansiedade e aquele sentimento de culpa por parecer que não estamos realizando nada.

Já estamos no terceiro dia do ano e tudo pode parecer igual. Mas é importante lembrarmos de que mudanças não precisam de um dia certo e mágico para começarem. O ano novo é apenas uma oportunidade, mas todo dia é dia de mudar, de se renovar. Então ainda é tempo de você fazer as suas listas.

Quero aproveitar a oportunidade e agradecer todos os comentários bacanas que venho recebendo. Eu andava um pouco triste com a ausência de retorno dos leitores daqui do blog. Vinha questionando essa falta de participação e repensando o meu compromisso em escrever. Mas os comentários recentes me animaram e eu sigo confiante com os meus sonhos e metas para esse ano.

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Então, vamos que vamos.

Logo eu volto.

beijo beijo

Obrigada, Ano Velho!

Ensaio_JM-208

Talvez eu esteja exagerando. Talvez eu ainda esteja deslumbrada com o brilho das luzes espalhadas pela cidade nessa época do ano e que fazem com que eu me sinta criança novamente; otimista, despreocupada. Mas acredito que 2012 foi um dos anos, pra não dizer o mais, importante da minha vida. Sim, eu tenho apenas vinte e seis, mas ainda não consegui dimensionar e quem sabe até, absorver todas as mudanças que vivi nele e a maturidade que conquistei de carona com elas.

2012, pra mim, foi um ano de extremos. Foi um ano…

De ganhos e de perdas.

De questionamentos e de certezas.

De alegrias e de muita dor.

De descobertas e de redescobertas.

De começos e fins.

De encontros e desencontros.

De tirar o caráter de urgência à necessidade de mudança e um ano de incessantes movimentos.

De colocar ideias no papel e de tirar ideias do papel.

De reverenciar o passado e de se despedir dele.

De aprender a viver o presente e de fazer planejamentos pro futuro.

De uniões e separações.

De deixar vicejar o que deve viver e de deixar morrer aquilo que não nos pertence mais.

Foi um ano de sonhar novos sonhos e permitir o retorno de sonhos já esquecidos.

Em 2012 mergulhei bem fundo e fiz um passeio por entre as raízes que me sustentam desde que nasci.

Acendi a luz daqui de dentro e mesmo receosa, encarei desperta tudo o que eu não vinha querendo enxergar. Reconheci minhas fraquezas internas, minhas fugas, o que empurrei para baixo do tapete e incorporei a responsabilidade de que somente eu sou responsável pela minha vida.

Antes disso, chorei, chorei muito. Esbravejei, caí, tropecei, fiquei sentada me lamentando, culpando o mundo por eu estar ali. Mas quando tudo foi clareando, já não havia motivos pra eu continuar enfiada no confortável papel de vítima. E então eu levantei.

Isso não quer dizer que o trajeto depois foi mais fácil. Ainda hoje estou aprendendo a lidar com as minhas novas descobertas. Ainda choro, ainda cedo, ainda esqueço de impor meu limite perante os que me cercam. Ainda me pego tentando culpar alguém pelas minhas atitudes. De vez em quando ainda bate aquela culpa, aquele sentimento medíocre de se sentir indigna pelo simples fato de pensar diferente. Mas quando percebo que estou escapando da minha trilha novamente, procuro meu foco e assumo as rédeas.

Quem convive de perto comigo sabe que o meu ano não foi fácil. E certamente por isso que o considero o mais importante. Adoro acreditar que nada é por acaso, que tudo tem uma razão e que assim que nos permitimos fazer as perguntas das nossas vidas, as respostas vem a rodo.

Termino o ano repleta de questionamentos, mas também atolada de respostas. Ainda venho lutando comigo mesma, diariamente. Porém, hoje sei por quais motivos.

Pessoas ainda insistem em desdenhar dos meus sonhos e a debochar das minhas descobertas. E eu não seria hipócrita de dizer que rio na cara dos obstáculos. Mas aprendi a respeitar a impossibilidade delas de darem o que não tem. Antes, essas farpas me arremessavam para o exato lugar aonde os outros queriam que eu estivesse, mas hoje, consciente e conhecedora dos meus valores e das minhas crenças, finco os meus dois pés no lugar que escolhi ocupar. E não nos que os outros escolheram pra mim.

E assim a vida segue. Em pouquíssimos meses aprendi lições que vou carregar para uma vida inteira. Nesse ano conheci pessoas MARAVILHOSAS, a quem serei eternamente grata por ter conhecido e com quem quero conviver para todo o sempre.

Hoje já caminhei ouvindo minhas músicas preferidas, já renovei minhas energias no mar e joguei flores pra Iemanjá, já tomei banho com sabonete de arruda e sal grosso, já enumerei algumas mudanças para o novo ano que se aproxima e agora vou me encontrar com a família do marido para juntos e vibrantes, aguardarmos o novo ciclo que se inicia em poucas horas.

Mentalmente já me agradeci por tudo que conquistei em 2012. É engraçado que esse é o primeiro ano em que eu sinto que não preciso mudar muita coisa. Sempre quando chegava essa época, eu ia me dando conta do tanto que minha vida estava estagnada. Mas hoje eu estou tão feliz com todas as minhas conquistas que só tenho a me agradecer e a me desejar muita força para concretizar todos os meus sonhos e metas no ano que vem.

Janeiro vai ser um mês de repouso, reflexão e muita preparação para 2013. Como já disse, estarei na minha casa da praia sem qualquer tipo de internet. Mas logo eu apareço por aqui.

Agradeço à vários comentários fofos que venho recebendo. Com certeza vocês são grandes impulsionadoras da minha paixão por escrever.

Desejo um EXCELENTE E EXCITANTE ano novo pra todo mundo.

Ano que vem eu volto com novidades e mais textos para compartilhar com vocês.

beijo beijo

p.s. já contei que estou matriculada na faculdade de Psicologia?

Olá, novo mundo!

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E são tantos pensamentos, sentimentos e julgamentos que nos provocam a sairmos do nosso próprio caminho. Em um segundo e todas as nossas certezas podem desmoronar. Pessoas que amamos tanto, às vezes nos machucam sem saber. Mas mesmo em momentos difíceis como esses, em que tudo parece não fazer sentido, precisamos permanecer fortes. Aliás, são em momentos como esses, em que somos testados ao extremo, que realmente nos certificamos e confirmamos o quanto amadurecemos.

Escolhas e suas renúncias fazem parte da vida de todo mundo. Decisões complicadas, que envolvem tantos e tudo, pesam insuportavelmente. Mas é preciso secar as lágrimas, relembrar do que somos feitos e seguir em frente.

O mundo não acabou hoje e nem vai acabar amanhã, apesar de às vezes termos vontade de sumir por uns tempos. O mundo não para pra juntarmos os pedaços nos quais nos desfazemos às vezes. O mundo continua e talvez essa seja a beleza de viver. Esse movimento, a ideia de que jamais poderemos entrar duas vezes no mesmo rio, porque quando pisarmos nele novamente, nem ele e nem nós seremos os mesmos.

Nesse 21 de dezembro, data histórica, tanto pela suspeita de que o mundo acabaria, mas muito mais pela ideia de que hoje se inicia um novo ciclo, continuo firme na busca de ser uma pessoa melhor. Em alguns momentos escorrego na antiga Juliana que acreditei ser por uma vida inteira mas levanto e vou em frente. Como eu disse antes, tantas coisas podem fazer com que saiamos da nossa trilha. Às vezes por fraqueza ou por um estado de superioridade, invadimos a trilha do outro, deixando a nossa abandonada. Nos julgamos melhores e mais capazes do que os que nos rodeiam e achamos que podemos caminhar por eles. Mas hoje esse meu desvio é rápido. Foram tantos os ensinamentos nesse ano que não há mais como eu me esquecer de mim.

Podem me julgar, me criticar ou me subestimar. Podem desdenhar das minhas crenças ou tentar passar por cima dos meus valores, que não vai adiantar. Construí um exército dentro de mim. Resgatei a minha essência, agarrei-me à mim mesma e por isso nada poderá me destruir.

Olho pra trás e mesmo pensando que poderia ter feito tudo diferente, escolho honrar minhas escolhas anteriores. Reconheço que dei o que poderia ter dado, e nada mais. Eu não pude. Mas agora eu posso. Viver plenamente o presente, implica em olharmos para trás. Lembrarmos do que somos feitos pra poder compreender no que nos tornamos e continuar a viver. Não sobreviver.

Desejo um novo mundo pra todos vocês. Desejo mudanças e conscientizações. Porque pior do que o mundo acabar, é ele continuar o mesmo.

beijo beijo

Ontem teve post meu no blog “Delicinhas de Pera” e nos “As Crianças“.

E semana que vem tem meu terceiro post no blog “Sobre a Vida”.

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A mudança.

“E a primeira coisa que ela fez assim que colocou os pés no que seria a sua nova casa, foi escrever no seu diário. Dividiu com ele a sua angústia de ter mudado de cidade, a sua dor por ter se afastado das suas amizades de infância e a saudade que presumia sentir quando lembrava do resto da família que havia ficado para trás.

Como seriam os novos vizinhos? Como seria a nova escola? Faria novos amigos? E os garotos? Será que algum iria substituir aquela pontada que sentia no peito quando encontrava o seu namoradinho, que agora estava há alguns quilômetros de distância? O agora estava cheio de dúvidas, de incertezas. Toda a sua vida, que se resumia em dez anos vividos na mesma cidade, estava envolta em infinitos pontos de interrogação. Só lhe restava mesmo escrever. Transbordar naquele caderno colorido, com cheiro de morango, todos os sentimentos que tomavam conta da sua alma de menina.

O quarto ainda estava vazio, assim como seu coração. Faltava-lhe sua cama, a única coisa que viria do seu antigo quarto. Faltavam-lhe certezas de como seria sua nova vida. Mas não havia o que de fato se lamentar. Pois essa mudança lhe traria o seu pai de volta, já que ele não precisaria mais viajar tanto. Mas mesmo assim, mesmo com esse ganho, ela sentia que algo havia se perdido no caminho. Era como se junto com os armários embutidos, que não puderam ser retirados, houvesse ficado uma parte da sua essência. O que pra ela antes era vida, hoje eram apenas lembranças. Em poucas horas, ela já não se sentia mais a mesma. Talvez essa mudança significasse muito mais do que apenas mudar de cidade. Significava um recomeço.

Então, ela enxugou algumas lágrimas que escorriam pelo seu rosto e sorriu. Escolheu imaginar que de carona com o caminhão, que agora trazia o que restava da casa onde nasceu e cresceu, viriam novas experiências, novos aprendizados. Aquela nova cidade havia de lhe acolher, com todos os seus sonhos de menina, com toda a magia que morava dentro dela.

Enfim, a campainha tocou, retirando a menina, que se encontrava sentada no cômodo vazio de móveis, mas lotado de pensamentos, do mergulho que havia dado dentro de todas as suas lembranças, do passado, que agora havia definitivamente ficado para trás. Devia ser a mudança, aquela que às vezes, literalmente, bate a nossa porta e nos obriga a recomeçar do zero, a se reinventar. Esta aí, pensou ela, a partir de hoje eu posso ser quem eu quiser. Distante do que eu fui até agora, posso escolher ser quem eu quero ser de verdade ou quem eu sempre fui, mas que envolvida numa rotina costumeira, nunca pude demonstrar ser.

Diário fechado, os dois pés no chão e lá se foi a menina, rumo a sua nova caminhada. Feliz e grata por tudo que já viveu, mas pronta e aberta a tudo que estava por vir”.

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Obrigada menina, cheia de sonhos, imaginação e criatividade, por ter me trazido até aqui.

beijo beijo