Obrigada, Ano Velho!

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Talvez eu esteja exagerando. Talvez eu ainda esteja deslumbrada com o brilho das luzes espalhadas pela cidade nessa época do ano e que fazem com que eu me sinta criança novamente; otimista, despreocupada. Mas acredito que 2012 foi um dos anos, pra não dizer o mais, importante da minha vida. Sim, eu tenho apenas vinte e seis, mas ainda não consegui dimensionar e quem sabe até, absorver todas as mudanças que vivi nele e a maturidade que conquistei de carona com elas.

2012, pra mim, foi um ano de extremos. Foi um ano…

De ganhos e de perdas.

De questionamentos e de certezas.

De alegrias e de muita dor.

De descobertas e de redescobertas.

De começos e fins.

De encontros e desencontros.

De tirar o caráter de urgência à necessidade de mudança e um ano de incessantes movimentos.

De colocar ideias no papel e de tirar ideias do papel.

De reverenciar o passado e de se despedir dele.

De aprender a viver o presente e de fazer planejamentos pro futuro.

De uniões e separações.

De deixar vicejar o que deve viver e de deixar morrer aquilo que não nos pertence mais.

Foi um ano de sonhar novos sonhos e permitir o retorno de sonhos já esquecidos.

Em 2012 mergulhei bem fundo e fiz um passeio por entre as raízes que me sustentam desde que nasci.

Acendi a luz daqui de dentro e mesmo receosa, encarei desperta tudo o que eu não vinha querendo enxergar. Reconheci minhas fraquezas internas, minhas fugas, o que empurrei para baixo do tapete e incorporei a responsabilidade de que somente eu sou responsável pela minha vida.

Antes disso, chorei, chorei muito. Esbravejei, caí, tropecei, fiquei sentada me lamentando, culpando o mundo por eu estar ali. Mas quando tudo foi clareando, já não havia motivos pra eu continuar enfiada no confortável papel de vítima. E então eu levantei.

Isso não quer dizer que o trajeto depois foi mais fácil. Ainda hoje estou aprendendo a lidar com as minhas novas descobertas. Ainda choro, ainda cedo, ainda esqueço de impor meu limite perante os que me cercam. Ainda me pego tentando culpar alguém pelas minhas atitudes. De vez em quando ainda bate aquela culpa, aquele sentimento medíocre de se sentir indigna pelo simples fato de pensar diferente. Mas quando percebo que estou escapando da minha trilha novamente, procuro meu foco e assumo as rédeas.

Quem convive de perto comigo sabe que o meu ano não foi fácil. E certamente por isso que o considero o mais importante. Adoro acreditar que nada é por acaso, que tudo tem uma razão e que assim que nos permitimos fazer as perguntas das nossas vidas, as respostas vem a rodo.

Termino o ano repleta de questionamentos, mas também atolada de respostas. Ainda venho lutando comigo mesma, diariamente. Porém, hoje sei por quais motivos.

Pessoas ainda insistem em desdenhar dos meus sonhos e a debochar das minhas descobertas. E eu não seria hipócrita de dizer que rio na cara dos obstáculos. Mas aprendi a respeitar a impossibilidade delas de darem o que não tem. Antes, essas farpas me arremessavam para o exato lugar aonde os outros queriam que eu estivesse, mas hoje, consciente e conhecedora dos meus valores e das minhas crenças, finco os meus dois pés no lugar que escolhi ocupar. E não nos que os outros escolheram pra mim.

E assim a vida segue. Em pouquíssimos meses aprendi lições que vou carregar para uma vida inteira. Nesse ano conheci pessoas MARAVILHOSAS, a quem serei eternamente grata por ter conhecido e com quem quero conviver para todo o sempre.

Hoje já caminhei ouvindo minhas músicas preferidas, já renovei minhas energias no mar e joguei flores pra Iemanjá, já tomei banho com sabonete de arruda e sal grosso, já enumerei algumas mudanças para o novo ano que se aproxima e agora vou me encontrar com a família do marido para juntos e vibrantes, aguardarmos o novo ciclo que se inicia em poucas horas.

Mentalmente já me agradeci por tudo que conquistei em 2012. É engraçado que esse é o primeiro ano em que eu sinto que não preciso mudar muita coisa. Sempre quando chegava essa época, eu ia me dando conta do tanto que minha vida estava estagnada. Mas hoje eu estou tão feliz com todas as minhas conquistas que só tenho a me agradecer e a me desejar muita força para concretizar todos os meus sonhos e metas no ano que vem.

Janeiro vai ser um mês de repouso, reflexão e muita preparação para 2013. Como já disse, estarei na minha casa da praia sem qualquer tipo de internet. Mas logo eu apareço por aqui.

Agradeço à vários comentários fofos que venho recebendo. Com certeza vocês são grandes impulsionadoras da minha paixão por escrever.

Desejo um EXCELENTE E EXCITANTE ano novo pra todo mundo.

Ano que vem eu volto com novidades e mais textos para compartilhar com vocês.

beijo beijo

p.s. já contei que estou matriculada na faculdade de Psicologia?

Organize-se!

Hoje teve minha terceira participação no blog “Sobre a Vida”. Nem preciso dizer como fico feliz com o retorno que recebo dos leitores do blog. Fico lisonjeada em saber que incito nas pessoas questionamentos a fim de que elas se tornem pessoas melhores e mais felizes!! Que 2013 venho com muita emulação!!!

Mas hoje eu vim falar sobre organização! Sempre brinco que no dia em que eu nasci, Deus disse: “Darei a essa menina o poder da organização” e ploft, minha mãe me pariu.

Sim, eu tenho uma ou duas gavetas mega bagunçadas, mas quem não tem?

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Minha gaveta de artigos “com fios”.

Como algumas pessoas pediram para eu dar algumas dicas de como manter casa e vida organizadas (não que as minha estejam sempre dessa forma), acho que não existe época melhor para falar sobre isso do que final de ano.

Todo ano se repete na minha lista “de coisas pra fazer”, que ao final dele, preciso dar uma ajeitada nos armários. Doar ou jogar fora o que já não preciso e organizar o que permaneceu dentro dos mesmos.

Pra ficar mais fácil de entender, decidi elencar alguns tópicos:

DOE! JOGUE FORA! Exerça o desapego. Mantenha uma caixa para as coisas que realmente tem um valor afetivo, mas o resto, aquilo que reside há anos nos seus armários, precisa sair dali. Eu sempre separo algumas sacolas pra facilitar. Em uma coloco o que vou doar, em outra o que vou jogar fora, em outra o que preciso queimar (extratos e afins), em outra o que preciso devolver para alguém, em outra o que precisa de conserto e em outra o que esta no lugar errado.

Sempre vá indo de armário em armário e de cômodo em cômodo. Porque caso haja alguma pausa nessa época de organização, não vai ficar aquela bagunça, que fará com que você desista e jogue tudo de volta pra dentro do armário.

– Pelo menos eu, sempre começo pelo armário de roupas e nele vou por partes: roupas dobradas, roupas penduradas, roupas nas gavetas, calças e sapatos.

– Sugiro, principalmente para quem é avesso à organizações, comprar aquelas caixinhas de plástico de diversos tamanhos. Organizo as bijus, meias calças, lenços…

Foto de uma das milhares de caixinhas que eu tenho.

Foto de uma das milhares de caixinhas que eu tenho.

Como me faltou gavetas e biquinis são difíceis de manter organizados, comprei essa caixa que coube certinho na minha prateleira.

Como me faltou gavetas e biquinis são difíceis de manter organizados, comprei essa caixa que coube certinho na minha prateleira.

– Também sempre compro itens que ajudam na organização, podendo ser de plástico ou não. No Supermercado Angeloni comprei um separador de calcinhas, por exemplo. Ele cabe certinho na minha gaveta e fica mais fácil de organizá-las. Também já comprei um de sapatos, que coloco embaixo da cama. Nele coloco sapatilhas e rasteirinhas.

No momento em que você decide organizar, deve começar a separar aquilo que vai doar ou jogar fora. Calcinhas rasgadas, meias muito furadas, algo que você não usa há mais de ano.

– Pra ajudar no processo sempre espalho tudo na cama, sento, liga a TV e fico ali separando e dobrando. Depois é só levantar e arrumar dentro do armário.

As roupas que ficam penduradas sempre exigem mais tempo. Tiro todas junto com os cabides, coloco na cama, separo o que vai sair dali, às vezes coloco alguma roupa que uso menos embaixo de outra e por fim separo por cores. Aquela velha dica de usar sempre cabides da mesma cor e virados pro mesmo lado ajudam bastante na questão visual. Além de facilitar na hora de escolher uma roupa, dão ao armário um ar da mais pura organização.

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– Tenho três gavetas. Uma de roupas íntimas, uma de pijamas e uma de roupas de ginástica. Na de roupas íntimas coloco o que eu uso pouco, como um sutiã colorido, dentro de um saco de pano que fica no fundo da gaveta. Na de pijamas deixo os que eu uso mais à frente e sempre preciso dar uma limpada porque acumulo muitos pijamas mas acabo usando apenas um ou dois. E na de ginástica a mesma coisa. Coloco luvas da academia, óculos de natação e afins.

Também comprei uma espécie de cabide com uma estrutura de pano cheia de nichos. Penduro no armário e nela guardo meus tops enrolados, meias mais grossas, polainas e essas coisas que ocupam muito espaço nas gavetas.

Naquela parte que fica embaixo das roupas penduradas guardo em caixas as minhas bijus, blusinhas regatas e meias calças. Aquele espaço sempre sobra e eu ganho espaço nas gavetas.

Algumas das caixas que mantenho embaixo das roupas penduradas.

Algumas das caixas que mantenho embaixo das roupas penduradas.

– Como meu armário é pequeno, a cada troca de estação preciso subir e descer as roupas. Esse momento também é ótimo pra se desfazer daquilo que você não precisa mais. Uso muito aqueles sacos á vácuo e pela segurança deles, até coloco as roupas no Home Box do meu prédio. Assim meu guarda roupa não fica socado na parte de cima.

– Outra parte da casa que sempre demanda tempo, mas que precisa de organização constante, são os armários do banheiro. Toalhas eu guardo em rolos e os remédios separo em caixas. Sempre aproveito pra jogar os vencidos fora e ver os que estão para vencer. Tenho uma gaveta de produtos fechados e quase sempre doo alguns produtos porque provavelmente não vou conseguir usar todos. Os que eu uso mais deixo à mão e os que uso menos coloco numa parte separada.

Para documentos num modo geral, certificados, notas de garantias, uso muito aquelas pastas de plástico sanfonadas. Devo ter umas dez aqui em casa, porque guardo muitos papéis. Elas ajudam muito na hora de organizá-los. Assim como faço na hora de arrumar os armários de roupas, sento na cama, espalho os papéis e vou formando pilhas de acordo com as categorias de separação das pastas. Depois é só colocá-las nas separações.

– Sou um pouco chata com o visual. Estou sempre ajeitando porta retratos, toalhas e juntando os papéis que o marido espalha pela casa. Então gosto sempre de deixar tudo bem alinhado. Porque por mais que a casa esteja um pouco bagunçada (principalmente pra quem tem criança pequena como eu), esse detalhe dá ao ambiente um aspecto de organizado. Entenderam-me?

Num modo geral é isso. Não tenho assim dicas infalíveis, a não ser a de comprar várias caixas transparentes ou usar as que você tem, tirar um tempo para essa organização e praticar a arte do desapego.

Com criança em casa, uma boa organização é fundamental para o bom andamento da rotina familiar. Sempre faço arrumações no quarto do João. Comprei várias daquelas caixas de plástico que mencionei acima e nelas separo carros, animais, bonecos, lápis. Fica até mais fácil pra guardar. Tiro os brinquedos quebrados, doo os que ele já não brinca mais e escondo outros. Aí vira e mexe faço uma troca e pra ele parece até que ganhou brinquedos novos.

Sei que muita gente não é do tipo organizada. Arrumar, organizar e limpar realmente são atitudes que nascem com você ou não. Mas mesmo que elas não venham acompanhadas de prazer, precisam ser praticadas de tempos e tempos por qualquer um. Quando eu era pequena, minha irmã me pagava R$ 2,00 pra eu arrumar o quarto dela. Sempre gostei disso. Praticidade é meu sobrenome. Desde pequena uma vez por semana arrumava o meu quarto. Ligava o som, colocava tudo no corredor de casa, limpava o quarto e colocava tudo de volta. Quer dizer, com algumas mudanças. Sempre que dava trocava a cor da parede do quarto, comprava um quadro novo, trocava a colcha, mudava alguns objetos de lugar e voi lá! Vida nova. Até já cheguei ao extrema de ficar neurótica com esse tipo de coisa. Ainda essa semana comentei sobre isso com a minha coaching. Quando a minha casa esta em desordem, parece que todo o resto da minha vida desanda também. Preciso trabalhar essa coisa de querer ter o controle de tudo, de querer que a minha casa esteja sempre impecável. Como aprendo nas minhas terapias, tudo que é demais, é demais! Uma boa dose de equilíbrio é sempre fundamental.

Espero que eu tenha tocado o coração de alguém….hahahaha.

Logo eu volto contando como faço pra organizar a minha rotina e facilitar a correria do meu dia a dia.

beijo beijo

Olá, novo mundo!

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E são tantos pensamentos, sentimentos e julgamentos que nos provocam a sairmos do nosso próprio caminho. Em um segundo e todas as nossas certezas podem desmoronar. Pessoas que amamos tanto, às vezes nos machucam sem saber. Mas mesmo em momentos difíceis como esses, em que tudo parece não fazer sentido, precisamos permanecer fortes. Aliás, são em momentos como esses, em que somos testados ao extremo, que realmente nos certificamos e confirmamos o quanto amadurecemos.

Escolhas e suas renúncias fazem parte da vida de todo mundo. Decisões complicadas, que envolvem tantos e tudo, pesam insuportavelmente. Mas é preciso secar as lágrimas, relembrar do que somos feitos e seguir em frente.

O mundo não acabou hoje e nem vai acabar amanhã, apesar de às vezes termos vontade de sumir por uns tempos. O mundo não para pra juntarmos os pedaços nos quais nos desfazemos às vezes. O mundo continua e talvez essa seja a beleza de viver. Esse movimento, a ideia de que jamais poderemos entrar duas vezes no mesmo rio, porque quando pisarmos nele novamente, nem ele e nem nós seremos os mesmos.

Nesse 21 de dezembro, data histórica, tanto pela suspeita de que o mundo acabaria, mas muito mais pela ideia de que hoje se inicia um novo ciclo, continuo firme na busca de ser uma pessoa melhor. Em alguns momentos escorrego na antiga Juliana que acreditei ser por uma vida inteira mas levanto e vou em frente. Como eu disse antes, tantas coisas podem fazer com que saiamos da nossa trilha. Às vezes por fraqueza ou por um estado de superioridade, invadimos a trilha do outro, deixando a nossa abandonada. Nos julgamos melhores e mais capazes do que os que nos rodeiam e achamos que podemos caminhar por eles. Mas hoje esse meu desvio é rápido. Foram tantos os ensinamentos nesse ano que não há mais como eu me esquecer de mim.

Podem me julgar, me criticar ou me subestimar. Podem desdenhar das minhas crenças ou tentar passar por cima dos meus valores, que não vai adiantar. Construí um exército dentro de mim. Resgatei a minha essência, agarrei-me à mim mesma e por isso nada poderá me destruir.

Olho pra trás e mesmo pensando que poderia ter feito tudo diferente, escolho honrar minhas escolhas anteriores. Reconheço que dei o que poderia ter dado, e nada mais. Eu não pude. Mas agora eu posso. Viver plenamente o presente, implica em olharmos para trás. Lembrarmos do que somos feitos pra poder compreender no que nos tornamos e continuar a viver. Não sobreviver.

Desejo um novo mundo pra todos vocês. Desejo mudanças e conscientizações. Porque pior do que o mundo acabar, é ele continuar o mesmo.

beijo beijo

Ontem teve post meu no blog “Delicinhas de Pera” e nos “As Crianças“.

E semana que vem tem meu terceiro post no blog “Sobre a Vida”.

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Livro “(Ins)pirações Familiares” já à venda!!!

“Um concurso, dois países, uma língua e várias dezenas de autores de blogues com uma experiência em comum: a parentalidade. Foi assim que nasceu a semente que fez crescer este livro.

O concurso, promovido pela Limetree, pretendia encontrar “O Melhor Post do Mundo”, escrito em português, mas acabou por descobrir muito mais do que isso. Encontrou uma comunidade de pais e mães, que escreviam, apaixonadamente, sobre os desafios e as conquistas, os receios e as descobertas, o deslumbramento e o amor incondicional que transborda quando nasce um filho.

Os textos recolhidos mereciam mais do que uma votação final, um vencedor e um prémio. Mereciam ser lidos por outros pais e outras mães, mereciam ser apresentados ao mundo. E assim surgiu a ideia de fazer esta coletânea. O desafio foi aceite com entusiasmo e depressa os autores puseram mãos à obra. Os textos foram revistos, alguns foram adaptados, outros reescritos.

A evolução natural do projeto levou-nos a outro compromisso: as receitas do livro teriam que reverter, na totalidade, a favor de uma instituição com trabalho a nível global em prol das crianças: a UNICEF.” (o texto foi escrito no português de Portugal, ok?)

E esse foi o texto que resumiu a ideia DESSE LIVRO, do qual eu faço parte com muito orgulho.

Saímos na capa. O coração fui eu que fiz!!

Saímos na capa. O coração fui eu que fiz!!

Confesso que o Concurso na época foi um tanto estressante (lembram dele?). Com muita disposição e encheção de saco eu consegui ficar entre as quinze finalistas e com mais disposição ainda e uma pontada de tristeza, consegui editar o meu tão querido texto “Enquanto eu te espero” para que ele coubesse em uma página do livro (cortei quase a metade). Mas tudo isso compensa o fato de finalmente eu sentir nas mãos um livro que tem um tantinho de mim e uma participação fruto da minha paixão por escrever.

Uma das minhas metas para o ano que vem é tirar do papel um projeto de livro que já venho amadurecendo há muito tempo. Não vai ser assim nada muito grandioso, mas segundo a minha coaching eu preciso materializar esse meu sonho para entender que “yes, I can!” e “move on“.

A página do livro com o meu texto!

A página do livro com o meu texto!

Assim, como resumiu a editora no site de venda do livro, a Limetree (organizadora do concurso) sentiu necessidade de compartilhar os posts participantes do concurso (nem todos ficaram entre os finalistas), já que surgiram tantos textos espetaculares. E que meio melhor para alcançar mais leitores do que um livro? Bom, eu sou suspeita porque guardo todos que caem nas minhas mãos desde sempre. É quase um vício.

Já li alguns textos do livro (do arquivo em PDF que comprei) e me encantei. Quem é mãe vai me entender. Desde que adentrei nesse mundo da maternidade lá em meados de 2009, percebi que nós adoramos nos reconhecer nos depoimentos das outras. É quase como um sentimento de alívio descobrir que não somos as únicas a sentirmos esse amor imensurável, indescritível e que chega a doer. E que todas as outras mães também vivem os seus momentos de dúvidas como nós.

E textos que serviram para transbordar sentimentos tão deliciosos e controversos que permeiam esse nosso universo materno, não podem ser ruins, né não?

Os valores do livro são: livro impresso sai por R$ 38,47 mais taxas e o arquivo em PDF sai por R$ 19,23 mais taxas. Como ele vem de Portugal, as taxas são um pouco altas. Mas tem a questão de as vendas do livro ajudarem à UNICEF e tal, então bóra comprar gente! Juro que faço uma dedicatória depois….hahahaha.

Assim que os dois livros impressos que eu comprei chegarem, estou pensando em organizar um sorteio. Quem se anima?

Agora algumas atualizações da minha vida mundana…

– Semana passada teve meu post no blog “As Crianças” sobre a deturpação do espírito natalino nos dias de hoje.

– Segunda-feira teve meu post no blog “Delicinhas de Pera” falando sobre o meu discurso de formatura de quatro anos atrás.

– Nesse momento estou no Hospital porque marido operou o outro quadril. Ele é tão perfeito que tem o mesmo problema nos dois lados! Fico brincando que ele esperou casarmos oficialmente para operar. Afinal, jurei diante do altar que iria amá-lo na “alegria e na tristeza de dormir num colchão de Hospital“…”na saúde e na doença que me fez entender o que é um bico de papagaio“. Agora, meu compromisso é também com o cara lá de cima…

– Então somem marido sem poder dirigir e necessitado de cuidados, correria típica de final de ano e filho prestes a entrar de férias (e a minha Bia também snif) que vocês vão entender o meu sumiço.

– Essa semana peguei o DVD com as milhares (sim, milhares) de fotos do casamento. Assim que sobra um tempo eu corro pra relembrar aquele dia tão especial. E também conseguir ver com calma os detalhes da decoração, lembrar de quem foi…

– Já leram a minha segunda participação no blog “Sobre a Vida”, onde eu falei sobre as mentiras que aprendemos com os contos de fadas? Logo tem meu novo texto por lá….só falta eu escrever…hahaha.

Por enquanto era só pessoal. Logo mais eu volto.

Deixo algumas das fotos do casamento. Estou apaixonada por elas! Queria cobrir uma parede lá de casa com as minhas preferidas!!!!!!!! Ana Côrrea e Gê Prazeres arrasaram como sempre!!! Ta, nossa felicidade também ajudou bastante!!! Ah, o amor…

beijo beijo


Ana Correa | 2012

Ana Correa | 2012

A mudança.

“E a primeira coisa que ela fez assim que colocou os pés no que seria a sua nova casa, foi escrever no seu diário. Dividiu com ele a sua angústia de ter mudado de cidade, a sua dor por ter se afastado das suas amizades de infância e a saudade que presumia sentir quando lembrava do resto da família que havia ficado para trás.

Como seriam os novos vizinhos? Como seria a nova escola? Faria novos amigos? E os garotos? Será que algum iria substituir aquela pontada que sentia no peito quando encontrava o seu namoradinho, que agora estava há alguns quilômetros de distância? O agora estava cheio de dúvidas, de incertezas. Toda a sua vida, que se resumia em dez anos vividos na mesma cidade, estava envolta em infinitos pontos de interrogação. Só lhe restava mesmo escrever. Transbordar naquele caderno colorido, com cheiro de morango, todos os sentimentos que tomavam conta da sua alma de menina.

O quarto ainda estava vazio, assim como seu coração. Faltava-lhe sua cama, a única coisa que viria do seu antigo quarto. Faltavam-lhe certezas de como seria sua nova vida. Mas não havia o que de fato se lamentar. Pois essa mudança lhe traria o seu pai de volta, já que ele não precisaria mais viajar tanto. Mas mesmo assim, mesmo com esse ganho, ela sentia que algo havia se perdido no caminho. Era como se junto com os armários embutidos, que não puderam ser retirados, houvesse ficado uma parte da sua essência. O que pra ela antes era vida, hoje eram apenas lembranças. Em poucas horas, ela já não se sentia mais a mesma. Talvez essa mudança significasse muito mais do que apenas mudar de cidade. Significava um recomeço.

Então, ela enxugou algumas lágrimas que escorriam pelo seu rosto e sorriu. Escolheu imaginar que de carona com o caminhão, que agora trazia o que restava da casa onde nasceu e cresceu, viriam novas experiências, novos aprendizados. Aquela nova cidade havia de lhe acolher, com todos os seus sonhos de menina, com toda a magia que morava dentro dela.

Enfim, a campainha tocou, retirando a menina, que se encontrava sentada no cômodo vazio de móveis, mas lotado de pensamentos, do mergulho que havia dado dentro de todas as suas lembranças, do passado, que agora havia definitivamente ficado para trás. Devia ser a mudança, aquela que às vezes, literalmente, bate a nossa porta e nos obriga a recomeçar do zero, a se reinventar. Esta aí, pensou ela, a partir de hoje eu posso ser quem eu quiser. Distante do que eu fui até agora, posso escolher ser quem eu quero ser de verdade ou quem eu sempre fui, mas que envolvida numa rotina costumeira, nunca pude demonstrar ser.

Diário fechado, os dois pés no chão e lá se foi a menina, rumo a sua nova caminhada. Feliz e grata por tudo que já viveu, mas pronta e aberta a tudo que estava por vir”.

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Obrigada menina, cheia de sonhos, imaginação e criatividade, por ter me trazido até aqui.

beijo beijo