“De repente alguma coisa mudou dentro dela. Mudou ou será que somente resolveu dar um último suspiro antes da morte definitiva? E foi tão de repente que ela nem conseguiu ver da onde foi que veio. Ou porque veio. Ou como veio. Ela só sabe que veio e veio com força. Às vezes, ela pensa que a coisa finalmente a deixou, e parou de bagunçar as suas ideias que há tempos se enfileiravam bonitinhas na prateleira logo acima dos desejos. Mas não, num pequeno movimento involuntário, lá esta ela novamente, a cega-la e a joga-la contra a parede. Ei, pensou ela, mas questionar o que? Esta tudo tão certo, tão claro e tão sereno. Serena…ela nunca soube viver assim. Mas a coisa dessa vez é séria. Será? Secreta e absurdamente perigosa. E ao mesmo tempo que ela tenta se afastar, enfia um pouco mais o dedo no pote do proibido. Meu Deus. O que se faz agora? Nada. Nada. Nada. Morra de agonia mocinha, guarde essa angústia do desconhecido somente para si, penteie os cabelos e se jogue no tempo que talvez ele dê conta de desmanchar esse emaranhado de pensamentos desajuizados. Ah o tempo…”
Texto antigo que eu achei por aqui…
A Thayse estava viajando mas ainda essa semana tem post meu lá no Delicinhas de Pera!!!